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Jogos lúdicos e jogos pedagógicos: o que são e como usá-los até no ensino remoto.




Aproveitando a curiosidade das crianças e dos jovens, é possível trabalhar os dois tipos de jogos e obter bons resultados de aprendizagem em sala de aula ou a distância.


Você provavelmente se lembra de algum jogo que fez muito sucesso na infância ou adolescência, certo? Agora, imagine se essa mesma brincadeira fosse inserida nas suas aulas: será que seus alunos não ficariam curiosos para conhecer? Será que vão se divertir tanto quanto você quando era criança? O que poderiam aprender enquanto se divertem?


Estas são questões centrais para definir que uso pode ser feito dos jogos lúdicos e pedagógicos na Educação: desenvolver habilidades cognitivas e de raciocínio ou trabalhar com uma finalidade pedagógica. A resposta está na intencionalidade.




Se não tiver situações problema e desafios, se não favorecer a argumentação, se não traçar estratégias que permitam pensar sobre o jogo, a atividade não trará aprendizado. A intencionalidade é fundamental

Afirma Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em jogos infantis. O jogo pelo jogo, diz, não tem qualquer valor pedagógico e é apenas diversão. Nem todo jogo é lúdico e nem todo jogo é pedagógico.


Uma atividade é lúdica se o sujeito experimenta prazer. Já uma atividade pedagógica é aquela concebida por educadores para promover aprendizagens específicas

Explica o professor Cristiano Alberto Muniz, pós-doutor em Educação pela Universidade de Brasília (UnB). Como exemplo de jogo pedagógico, o especialista cita uma aplicação ao ensino de verbos irregulares na Língua Inglesa.


“Aprender os verbos irregulares é a intencionalidade. Se eu colocar uma ‘roupagem’ em uma atividade e fazer disso um jogo, o aluno se lançará à experiência e, como resultado, vai adquirir o conhecimento previsto no currículo”

Afirma.


Os jogos lúdicos podem ser usados com resultados bastante positivos durante a Educação Infantil, quando é importante que a criança vivencie o brincar. A ludicidade também pode ser trabalhada nos Anos Iniciais do Fundamental. Dama, xadrez, jogo da memória, jogos de trilha, jogos com baralho, dominó e pega varetas são alguns exemplos desse tipo de jogos. No entanto, não basta transformar tudo em jogo e encarar a atividade como dada e encerrada. Para Cristiano, há um paradoxo, uma vez que não basta ser um jogo para tornar a atividade automaticamente prazerosa para as crianças.




“Quando fazemos uma apropriação pedagógica de um jogo que é lúdico, corremos o risco de ‘matar’ a ludicidade que está na cultura infantil e o jogo passa a ser desprazeroso”,

Avisa.


Quando um jogo perde esse potencial de prazer, ao invés de o aluno se lançar à experiência, ele passa a rejeitar a atividade. “Ou seja, não há a aprendizagem”, conclui. O especialista faz ainda um alerta para quem enxerga nos jogos a saída rápida para tornar a aula mais engajada:


“Os jogos pedagógicos não são um remédio para todos os males, não funciona transformar tudo em jogo e achar que está tudo resolvido”.

Esse é justamente um dos pontos mais delicados ao se trabalhar com jogos na Educação, segundo Fernando Barnabé, formado em Matemática e mestre em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Para ele, boa parte do planejamento deve estar voltado para os objetivos de aprendizagem.


“Se não tivermos isso bem claro, fica difícil de o jogo ter alguma eficácia. As crianças podem se divertir, mas o professor não alcançará o objetivo”,

Complementa.


Na Incluir, fornecemos diversos jogos pedagógicos para inúmeras instituições e professores, se você tem interesse em conhecer nossos jogos, entre em contato conosco através deste link e vamos conversar! Ficamos te esperando.



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